INTRODUÇÃO – O estoicismo e uma vida masculina bem vivida 

Nesse post, o estoicismo e uma vida masculina bem vivida, voltaremos a mais de 2mil anos no tempo, indo diretamente a Grécia Antiga em Atenas, porque é lá onde tudo começou.

Senhores, é fato que em algum momento da sua vida você já se perguntou.  

O que eu estou fazendo da minha vida? Ou algo do tipo, qual tipo de vida vale a pena ser vivida? 

Bom, eu já. 

E com isso percebi que, a cena mais comum sobre a vida é que, a vida é mais como uma corrida do que como uma experiência. Com etapas bem claras de como, e do que a vida masculina deve ser. 

Crescer e estudar, trabalhar e estudar, conquistar um diploma e trabalhar, casar e trabalhar, ter filhos e trabalhar, se aposentar e, talvez só então, nós homens pensar em viver, isso se alguns fatores deixarem. 

Mas a um tempo atrás eu descobri sobre o estoicismo e uma vida masculina bem vivida, então vamos ao começo.

 

I – Origem do estoicismo

Um lugar famoso, Grécia Antiga, por causa da maneira de pensar das pessoas, fora outras coisas. 

E em uma cidade, especificamente Atenas, exista um espaço público de suma importância onde surgiu o estoicismo, a ÁGORA DE ATENAS, espaço esse cheio de comerciantes, filósofos, políticos e muitos outros tipos de gente. Espaço onde acontecia fabulosas discussões e ideias sobre filosofia, política e principalmente o por que da vida. 

E poucas ideias e discussões colocadas a prova sobreviveram nos dias de hoje. 

E uma delas, o estoicismo, teve origem em um lugar especial na Ágora, lugar chamado Stoá Poikíle, traduzindo: Pórtico pintado. 

Sim senhores, estoicismo vem de Stoá. 

 

Imagina você dizendo que alguém está em tal lugar. 

Agora fale: Fulano está lá na Stoá, ou, vi beltrano na Stoá. 

Logo fulano e beltrano é estoico. 

Penso que foi desse jeito que surgiu, porque se fulano e beltrano estão na Stoá, logo são Stoáicos.

Brincadeira a parte, prosseguindo. 

 

II – Zenão de Cítio 

Ele, mero comerciante, e na história, dizem que um dia ele foi navegar pelo mar Mediterrâneo, e nesta navegação teve que enfrentar uma forte tempestade onde veio a perder seus bens, sobrando somente sua vida. 

Quando voltou, na racionalidade foi buscar compreender como reagir as imprevisibilidades da vida e porque delas. E foi aí, na tragédia e imprevisibilidade na vida de um Homem onde o estoicismo nasceu e teve início.

 

Uma filosofia que busca o uso da razão para lidar com as emoções, vícios e virtudes. Mas para isso é de mera importância encarar a vida com apatia, porque isso significa evitar os excessos, principalmente da paixão. E a não se abater pelos males e principalmente não se empolgar pelos prazeres. 

E o estoicismo e uma vida masculina bem vivida com essa filosofia, cairá muito bem no desenvolvimento pessoal masculino.

 

III – APATIA 

Apatia ou Apatheia, vem de, A (de negação) e PATHOS (de paixão). 

Então para os estoicos, apatia seria ausência de paixões; ou melhor, o controle delas. 

 

***** E senhores, para ter uma vida masculina bem vivida é preciso construir essa tal de apatia, mas essa tarefa não é fácil, porém possível. Venhamos e convenhamos, nós Homens, quando queremos evoluir, ninguém segura. 

Então vamos lá. 

 

Primeiro precisamos identificar e separar as coisas. Daquilo que temos controle, daquelas que não temos. 

Porque o estoicismo é composto por três pilares, que são eles:

Ética 

Lógica 

Física 

****** Lembre-se Senhores, estamos a mais de 2mil anos atrás, na Grécia antiga. Não leve esses três pilares: Ética, lógica e física no sentido moderno de hoje, antigamente era diferente, muito mais profundo, e o estoicismo é muito mais complexo. 

 

III.2 Diógenes Laércio

Senhores, para entender melhor o estoicismo e uma vida masculina bem vivida , vou chamar um filosofo que irá nos auxiliar, porque o simples fato dele ser um biografo da filosofia grega, já o coloca em pauta, o Diógenes Laércio. 

Ele descreve que os estoicos viam a filosofia estoica como um ser materializado, tendo a ideia de que os ossos é a lógica, a carne é a ética e a alma a física. 

Diógenes descreve que para os estoicos, o universo era harmônico e ordenado (Cosmo), e que tudo tem um porque na razão e nas leis do universo, pelo simples fato de estarem bem distribuídas no todo de forma eternamente consistente. Nessa parte do leque, os estoicos tinha uma visão determinista. 

Para os estoicos o cosmo prevalecia, porque não tinha como o caos manter tudo que há em perfeita ordem. As plantas, os animais, nós, todas as células de todos os seres, o sistema solar, a galáxia, tudo, basicamente tudo em perfeita ordem e sintonia. Inclusive com a justiça, para os estoicos a justiça também prevalecia, porque como tudo poderia estar em completa harmonia com uma injustiça, não tem como. 

 

Porque para os estoicos a estrutura constituída do universo seria como uma teia de causas e efeitos, onde o presente é resultado de causas passadas, e esse efeito é inescapável. 

Sendo assim, o curso do universo segue, independente de nós. 

 

Isso é de arregalar os olhos, mas para os estoicos isso era um alívio muito grande. Porque era uma preocupação a menos com aquilo que não podemos controlar. 

 

“NÓS SOFREMOS MAIS NA IMAGINAÇÃO DO QUE NA REALIDADE”, de Lúcio Aneu Séneca, o famoso filósofo Sêneca. 

 

*****Lembre-se, estamos desenvolvendo a apatia, o lance “Daquilo que temos controle, daquelas que não temos.” 

 

O que acontece no universo não está sobe seu controle. Partindo disso, cabe a você ser o racional suficiente para lidar com suas emoções e reações perante o inevitável curso da vida. Por que?

Porque as pessoas não pode controlar 99,9% das coisas que irá acontecer conosco, mas podem desenvolver a saber controlar como reagir perante os acontecimentos. 

Exemplo: Você não pode controlar quando um bebê começa a chorar descontroladamente, mas pode reagir perante isso fazendo ele dormir ou satisfazer a necessidade dele naquele momento, ver se está com fome, trocar a fralda ou até estimular ele ensinando algo. Ou, você também não pode controlar o trânsito, mas pode controlar a situação de sua paciência perante o acontecimento que está passando naquele exato momento. 

E isso nos joga ao próximo capítulo.

 

IV – Paz e felicidade 

Como podemos então nos tornar mais felizes evoluindo a apatia? 

 

***** Eu particularmente achava que desenvolvendo apatia a felicidade viria junto, mas felizmente não. Por quê? 

Porque o último bem que se conquista na ética estoica é a felicidade. A última realização a ser conquistada. 

E com base nisso, os estoicos desenvolveram a virtude firmada na ética, sendo os quatros princípios: 

Sabedoria 

Justiça 

Coragem 

Autocontrole 

Sabedoria para entender eventos do mundo, dia-a-dia de forma racional 

Justiça seria para agir sem impulsividade, ao avaliar situações e pessoas 

A coragem para busca de conhecimento, do que deve ser suportado, temido e respeitado 

E autocontrole para saber lidar com desejos, vícios, ações e reações perante a tudo. 

 

Sendo elas assim, entrelaçadas umas às outras, constituem o que é chamado de virtuosidade. Sim, virtuosidade para os estoicos eram ter essas virtudes. 

E agir virtuosamente só era possível se conhecer. Ter conhecimento natureza do cosmo e forma racional.

***** Lembre-se, para os estoicos, tudo era Ordem (Cosmo) e Justo, não caos e injusto, continuando. 

Para os estoicos, era de importância saber que nossa natureza humana é diferente perante a natureza de outros seres, porque o que nos diferencia é o racional mais bem desenvolvido. 

Sendo assim, agir conforme a lei da natureza é agir racionalmente (cosmo), caso assim não estaríamos seguindo a estrutura do universo, indo contra o inevitável fluxo de acontecimentos. 

 

IV.2 – O X do tesouro 

POBREZA, FRAQUEZA, FEIURA, MORTE e seus opostos, a RIQUEZA, FORÇA, BELEZA e VIDA, são completamente indiferentes. Sendo que, o valor que elas possuem somos nós que colocamos, tanto positivo como negativo, boas ou ruins. 

E seria jus sermos apáticos sobre as ações impostas a nós

Porque os estoicos sabiam que apatia não é rejeitar suas emoções, mas sim saber controlá-las. Senhores, esse é X do tesouro deles. 

Era saber diferenciar até onde você pode agir e não sobre ser passivo. 

Exemplo, você pode controlar doenças? Não. Mas pode fazer escolhas para se prevenir, onde você consiga contorná-las. E o inverso seria, você fazer escolhas ruins e não as evitar. 

Entendeu agora o porque da ordem e justiça e não do caos e injustiça? 

Outro exemplo, se ficarmos doente um dia por um acaso, o que resta é aceitar e, com coragem e sabedoria ir atrás da cura e melhorar. Ou, não fazer nada e acabar piorando. 

Entendeu? Ordem e justiça, a cadeia do inevitável acontecendo. 

 

*****Senhores, isso é apatia. Saber lidar e controlar suas emoções com as adversidades externas do mundo e internas pessoais. E um Homem deveria ter isso em sua vida pessoal.

E se você chegou até aqui, parabéns, está aprendendo, desenvolvendo e querendo evoluir cada vez mais. 

Te digo, não pare, busque cada vez mais conhecimento, porque Homem de verdade é assim, um caçador eterno. Ele sabe que o que acontece com ele é um empréstimo do universo, inclusive a própria vida, e sábio seria ele reconhecer isso com coragem. 

 

V – O estoicismo florescendo em outros horizontes com o passar dos anos 

Alastrando para além da Grécia Antiga, o estoicismo teve um florescer em Roma com o Epiteto, Sêneca e o famoso Imperador Marco Aurélio 

 

Dizem que Epiteto foi boa parte de sua vida um escravo, e tudo que foi deixado foram relatos de seus discípulos, porque ele não escrevia nada. 

Marco Aurélio, em seu livro Meditações, que na época era uma espécie de diário particular, escrevia pensamentos e reflexões de suas atitudes durante sua vida como Imperador, porque queria aperfeiçoa-las.

Já Sêneca, relatos dizem que teve que tirar sua própria vida. 

E foi percebido que ambos tiveram pensamentos sobre o controle e excesso, liberdade e escravidão e sobre a vida e a morte 

 

Com exceção de Epiteto, Sêneca escreveu cartas durante sua vida, muitas para conhecidos próximos. E não eram cartas alheias. Porque enquanto estoico, não teria coerência partilhar para esperarem dias melhores, justamente ele fazia o contrário, que esperassem o pior das adversidades e estar a pronto para isso. 

Imagina uma das cartas de Sêneca, dizendo a você o seguinte: “Resmungar, lamentar e chorar não adiantará, pois, as ações dos acontecimentos externos do universo não são de seu controle. Perante isso, você deveria ter se preparado e refletido sobre situações de muita desgraça e ser animado perante elas, ao invés de ter semeado vícios inconstantes e se auto escravizar por suas ambições. Meu conselho é que a partir de agora você seja mais racional, busque conhecimento nas virtudes para auto aceitar os eventos externos inevitáveis com apatia.” 

É duro não? Mas é a verdade, o cosmo, o justo 

Mas o quanto antes compreender o que é viver conforme a natureza, melhor. E surge desse ponto que os acontecimentos de sofrimentos e perturbação não são fatos em sim, mas sim como julgamos e o que nós fazemos deles. 

 

Uma frase famosa de Sêneca é: “A vida toda é um aprender a morrer.” 

Me diga qual o maior medo que temos de uma ação externa? A morte não é mesmo? Porque esse evento é cosmo, é justo e não conseguimos controlar. 

 

Sendo assim, a morte foi outro elemento para essa filosofia estoica. 

Sabedoria estoica reconhecer que a vida nos foi emprestada e que devemos devolvê-la sem reclamação, lamentos e tristeza. 

 

VI – Estoicismo nos dias de hoje 

Passaram-se mais de 2mil anos, e o estoicismo e uma vida masculina bem vivida ainda se encontra vivo. Porém, agora se encontrando em uma sociedade completamente diferente de onde teve origem, de cultura, tecnológica, política, territorial, econômica e pessoal. 

Dividido apenas pela história, espaço e tempo, mas mesmo assim fazendo união com as mesmas dúvidas pessoais. 

O que eu estou fazendo da minha vida? Ou algo do tipo, qual tipo de vida vale a pena ser vivida? 

 

EXTRA 

1ª Lição do estoicismo para Homens viver nos dias de hoje e ter uma vida bem vivida 

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